Os tiroteios em massa mexem no mercado do armamento?
Nelson Areal está a estudar o impacto dos tiroteios em massa nas ações bolsistas da indústria do armamento dos EUA. Estes assassinatos em massa são raros no resto do mundo, mas frequentes nos EUA, por vezes com vários casos numa semana e que têm gerado uma crescente indignação social. O que o professor da UMinho quer saber é até que ponto os investidores consideram que aqueles eventos imprevisíveis e extemporâneos podem forçar a administração norte-americana a criar regulação que influencie a venda de armas ligeiras. “Se isto não for antecipado pelos investidores, pode prejudicar o valor das suas ações. Mas se os investidores acharem que os tiroteios e o buzz gerado não mudarão a lei de forma substantiva (é o que tem sucedido), o impacto será nulo”, frisa o docente, que aqui deixa a análise das redes sociais para passar à informação financeira.
Não se trata aqui de armamento pesado ou militar, que à partida não será afetado por estes incidentes, mas de armas para uso civil. Tem havido movimentos regulares associados com o controlo de armas nos EUA, mas para já sem afetar em particular as empresas do setor. “Se perguntarmos a um norte-americano se considera provável haver um tiroteio em massa nos EUA em breve, a resposta comum face à realidade recente é que sim”, situa Nelson Areal. Ora, se admitirmos que isso já vai acontecer, resta saber se estes acontecimentos alteram a probabilidade de serem introduzidas restrições substanciais à venda de armas ligeiras, o que pode ser analisado pela resposta dos mercados acionistas a estes eventos.
|