Magda entrou com a nota mais alta

19-10-2018 | Nuno Passos

Foto: Miguel Pereira/Global Imagens

Foto: Pedro Veloso

1 / 2

A bracarense de 17 anos teve a média de 19.74 valores. Frequenta Engenharia Física e tem a ambição de ser investigadora na área da nanotecnologia.




Passa despercebida entre os quase 3000 novos estudantes da UMinho, mas o seu conhecimento não. Magda Mendes Duarte, de 17 anos e natural de Gualtar, em Braga, teve a média de entrada mais alta nesta academia, com 19.74 valores, através do concurso nacional de acesso 2018/19.
 
“Estava consciente de que teria fortes probabilidades de entrar em qualquer curso ou universidade; andei indecisa quase ‘até à última’ entre (Engenharia) Física, Bioengenharia e Biomedicina”, explica, em tom tímido e olhar brilhante. Optou pelo mestrado em Engenharia Física na UMinho. “A física sempre me despertou curiosidade, ajuda a explicar o mundo e as leis que nos regem no dia-a-dia”, diz. Considera que este curso é muito amplo, com disciplinas interessantes e uma ligação estreita ao INL [Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia]. “Além disso, esta universidade tem prestígio e o campus é na freguesia onde vivo, o que me permite conhecer esta realidade e, também, evitar outras despesas de transporte e alojamento”, concretiza. (VÍDEO)
 
O que é ser a nova “aluna do ano”? “É sempre bom saber que o esforço compensa, fiquei contente”, sorri Magda Duarte. “Ainda é cedo” para pensar no seu futuro profissional, mas admite que talvez passe pela investigação em nanotecnologia, “uma área que vai avançar muito” nos próximos anos. “Tendo aqui ao lado a UMinho e o INL, um dos mais importantes centros de investigação da Europa, se calhar nem vou precisar de sair de Braga, mas isto depende de muita coisa”, reflete.
 
Sobre os primeiros dias na universidade, considera o ambiente “simpático” e sete-se “motivada” para responder aos desafios do quotidiano académico. “Perguntam-me por vezes qual é o segredo para ter boas notas. Bem, é ter método. Não passo a vida a estudar, mas tenho consciência de que é preciso trabalhar para atingir os objetivos”, declara. Na Escola Secundária Carlos Amarante, donde veio, “há boas condições de estudo e os melhores professores que um aluno pode ter”. Acredita que esse patamar vai continuar ao longo do mestrado integrado. Nos tempos livres gosta de relaxar, de “descontrair sem grandes confusões” e de cozinhar.