Projeto da UMinho estuda as formas de discurso de ódio em contexto online

18-12-2019 | Daniel Vieira da Silva

Isabel Ermida é a investigadora principal do projeto NetLang

NetLang decorrerá ao longo dos próximos dois anos.

Primeiro seminário já decorreu na UMinho

Projeto já promoveu seminários e workshops para desenvolver análise do tema

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Equipa multidisciplinar e internacional do projeto NetLang vai, nos próximos três anos, recolher, descodificar e analisar o "hate speech" utilizado nas redes sociais.

As estratégias e formas linguísticas de quem promove o ódio e a segregação em contexto online estão a ser estudadas a partir da UMinho. O projeto tem como objetivo identificar, compilar e analisar a linguagem discriminatória que é cada vez mais presente no mundo digital. (VÍDEO)





 
O "NetLang - The Language of Cyberbullying: Forms and Mechanisms of Online Prejudice and Discrimination in Annotated Comparable Corpora of Portuguese and English" é coordenado pelo Centro de Estudos Humanísticos da UMinho, com a parceria de cientistas do Instituto de Letras e Ciências Humanas, do Instituto de Educação, da Escola de Psicologia, da Escola de Direito e da Escola de Engenharia. Financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), estuda a linguagem usada na internet que exprime preconceito, ódio e segregação. Este é um problema real e envolve várias componentes, daí a necessidade de uma equipa multidisciplinar que congregue várias áreas do saber, como o direito, a psicologia, a sociologia e a informática.

O projeto tem âmbito internacional e agrega membros de instituições como a Universidade Jaguelónica (Polónia), a Universidade Masaryk (República Checa), a Universidade de Tartu (Estónia) e a Universidade de Helsínquia (Finlândia). O Netlang vai tentar perceber a forma e os mecaninsmos que a linguagem que promove a discriminação assume no universo online, ao mesmo tempo que vai, através da análise dos discursos recolhidos, tentar identificar variáveis sobre os interlocutores envolvidos. Para já, os investigadores estão a fazer o levantamento do "corpus" bilingue, que será o seu objeto de análise a partir do próximo ano.