Filhas de Xurxo aprendem com “Xana Toc Toc”
Xurxo Fernández Carballido é natural de Vilar de Infesta, em Redondela (Pontevedra, Galiza). Interessa-se pela língua e cultura de Portugal desde as histórias míticas que a avó lhe contava sobre o contrabando fronteiriço. Marcaram-lhe também as viagens de comboio a Valença, as feiras e lugares entre Cerveira e Melgaço ou mesmo quando a professora primária mostrou na aula o mapa de países galego-falantes com “nomes esquisitos” como Moçambique, Cabo Verde, Brasil e Angola. “Xurxo do Galheiro”, como é conhecido, tentou ser futebolista no Sárdoma, mas chegou a professor. Considera que a sua classe profissional é das que mais luta pela galeguização das crianças: “Ensinar língua portuguesa é uma paixão, mas não termina aí”.
É licenciado em Filologia Portuguesa pela USC e mestre em Ensino de Português Língua Não Materna, Português Língua Estrangeira e Português Língua Segunda pela UMinho. Deu aulas na Universidade de Vigo, é docente de Galego e Português para estrangeiros na USC e vogal da direção da Associação de Docentes de Português na Galiza. Venceu vários prémios, como o de Artigo Jornalístico Normalizador no “La Voz de Galicia”, em 2005. Ao Portal Galego da Língua, destaca o alfabeto como a melhor invenção da humanidade e o “Diccionario enciclopédico galego-castellano”, de Eladio Rodriguez, como obra de referência. Aprecia ciclismo e o Celta de Vigo, o filme “Sempe Xonxa” de Chano Piñero e ouve música diversa, como Fuxan os Ventos, Resonet e Sepultura. Sensibiliza as filhas Aloia e Mencia a verem animações na língua de Camões, inclusive "Xana Toc Toc", “Ruca”, “Noddy” e a “Galinha Pintadinha”.
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