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O papel do pai
24-03-2016
Bárbara Figueiredo
O aumento do envolvimento do pai nos cuidados prestados aos filhos foi uma das maiores mudanças nas famílias das sociedades ocidentais.
Esta tendência que emergiu no século XX, particularmente no que se refere ao maior envolvimento e instrumental do pai, bem como ao estabelecimento de relações de maior proximidade entre pais e filhos, tem continuado no século XXI. Fez com nos dias de hoje a ciência e a sociedade em geral alargassem aos pais diferenças e características anteriormente reportadas às mães (
vide
a noção de amor materno, privação materna ou sensibilidade materna), muitas vezes em contraposição aos pais.
A investigação desenvolvida em diversos países, nomeadamente em Portugal, no Centro de Investigação em Psicologia da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, mostra que atributos e designações, que foram durante séculos considerados pertença das mães, são hoje encontrados também nos pais. No que se refere ao comportamento para com o bebé, por exemplo, mães e pais mostram-se igualmente competentes na sensibilidade aos sinais e na resposta adequada às necessidades do bebé. Para além de se observar um comportamento semelhante entre mães e pais no sentido de responder adequadamente às necessidades do bebé, a adequação deste comportamento associa-se, na generalidade, às mesmas mudanças hormonais e à ativação das mesmas áreas cerebrais, em mães e pais.
Mais semelhanças do que diferenças entre as mães e os pais nos cuidados prestados à criança poderão decorrer no sentido de assegurar cuidados mais adequados às necessidades da criança neste mundo em mudança. São, sem dúvida, uma boa forma de nos adaptarmos, em favor de assegurar o bem-estar das nossas crianças, quando um número cada vez maior de mães e pais trabalham em igualdade de circunstâncias e cerca de metade das nossas crianças é cuidada em igualdade de circunstâncias por mães e pais que não vivem necessariamente juntos.
Conclusões definitivas acerca dos mecanismos evolutivos associados ao maior investimento paterno humano nos cuidados aos filhos não são de momento passiveis de ser estabelecidas. No entanto, esta é uma das diferenças da espécie humana em relação a muitas das restantes espécies de mamíferos, a qual parece estar associada à evolução de espécies de inteligência superior. Por outro lado, a maior participação do pai nos cuidados à criança tem sido associada a trajetórias de desenvolvimento mais adaptadas e a um melhor desempenho comportamental na idade adulta dos filhos, nomeadamente nos cuidados prestados aos seus próprios filhos.
* Professora da Escola de Psicologia da Universidade do Minho
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