“Inovação e excelência são marcas dos profissionais formados na UMinho”

18-11-2016 | Pedro Costa

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Mauro Xavier

O senior director da Microfoft formou-se em Relações Internacionais, esteve nas universidades de Arkansas Central e Harvard e no Insead, foi consultor da Accenture e ainda vice-presidente do IPJ. São 37 anos de uma vida intensa e dedicada.


Licenciou-se em Relações Internacionais na Universidade do Minho em 2000, ano em que recebeu um prémio de mérito académico, por ser um dos seus mais bem-sucedidos estudantes. Durante o curso participou num programa de intercâmbio com a University of Central Arkansas. Após isso, especializou-se ainda em instituições como o Insead ou John F. Kennedy School of Government - Harvard University. Depois de ter feito consultoria na Accenture e de ter sido vice-presidente do Instituto Português da Juventude, em 2006 a Microsoft apostou na sua profunda experiência em estratégia, mercado e liderança.

Hoje, nesta multinacional, é o diretor sénior de uma unidade especializada para a Europa Ocidental – que cobre 14 países –, tendo a seu cargo várias centenas de profissionais que apoiam os clientes na sua transformação digital. Aos 37 anos destaca-se com um histórico evidenciado na condução de grandes projetos afirmando as suas capacidades na condução de equipas e grandes negócios empresariais. Tido como um apaixonado pelo trabalho, é visto como alguém muito focado no rigor e orientado para os resultados. Fomos conhecê-lo um pouco melhor, convocando memórias da sua academia de formação.



Ainda se lembra do primeiro dia em que chegou à UMinho?
Os primeiros dias são sempre marcantes. Foi o início de uma nova etapa. Numa cidade que pouco conhecia e que tão bem me acolheu. Natural de Abrantes, não tinha ligações ao Minho e, por isso, foi uma descoberta ainda maior. Permitiu-me ganhar mais autonomia e, a partir daí, não mais voltei a viver em casa do meus pais. Foi a marca da verdadeira entrada na idade adulta.
 
Qual foi o sentimento mais presente nos primeiros dias de aulas?
De responsabilidade. De... "Será que vou ser capaz?". Mas também uma vontade enorme em tentar descobrir tudo. A cidade, o campus ou as novas amizades.
 
Como classificaria a sua integração no meio académico?
Acho que acabou por correr sem sobressaltos, tendo a praxe contribuído para uma integração rápida.
 
Entre o “discreto” e o “academicamente ativo”, como se posicionou enquanto aluno?
Andei sempre pela parte mais discreta…
 
O que lhe deixa mais saudades da vida académica?
Sem dúvida que o os amigos!
 
O curso foi o que esperava? Que portas lhe abriu?
Foi bastante diferente do que a expetativa inicial. Mais teórico e menos prático.  Sempre o vi como uma ferramenta. Num mercado cada vez mais competitivo, a formação de base é menos diferenciadora. A maior porta que me abriu foi sem dúvida a experiencia internacional, através um exchange program com uma universidade americana.
 
Qual foi o primeiro grande passo, logo que terminou o curso?
Comecei a trabalhar ainda no último ano da licenciatura, mas a minha entrada na Accenture permitiu-me aprender e solidificar o conhecimento. Deu-me método. O primeiro emprego acaba sempre por marcar as nossas carreiras profissionais.
 
Qual o grande projeto que gostaria de implementar num futuro mais ou menos próximo?
Tenho tido o privilégio de estar ligado a grandes projetos de tecnologia em diversas partes da Europa. Espero um dia poder voltar à causa pública e contribuir para o crescimento do nosso país.  
 
E na azáfama dos dias é sempre possível voltar a estudar…
Voltei a uma universidade há dois anos. Foi fantástica a experiência. Sem dúvida que tentarei fazer o mesmo daqui a uns cinco anos.
 
Que representa hoje para si a UMinho, enquanto seu alumnus?
Infelizmente, tenho estado distante. Não temos ainda a tradição americana de associações de alumni fortes.
 
Que imagem tem hoje desta universidade?
Inovação e excelência no ensino. Todos os profissionais com que me tenho cruzado no mundo das TI que tenham tido formação na nossa casa têm essa marca, por exemplo.
 


As escolhas de Mauro

Um livro. "O príncipe", de Nicolau Maquiavel.
Um filme. "O Silêncio dos Inocentes", de Jonathan Demme.
Uma música. "Where the Streets Have No Name", dos U2.
Um artista. Os U2.
Uma personalidade. Francisco Sá Carneiro.
Um momento. Qualquer golo do Benfica. [risos]
Uma viagem. Qualquer canto e recanto do nosso Portugal.
Um lugar para viver. Lisboa.
Um lema de vida. A sorte dá muito trabalho.