Dez livros que merecem ser lidos este natal

22-12-2017 | Nuno Passos

"Ilíada", de Homero

"Édipo Rei", de Sófocles

"95 Teses", de Martinho Lutero

"A Trágica História do Doutor Fausto", de Christopher Marlowe

"O Príncipe", de Maquiavel

"Em busca do tempo perdido", de Marcel Proust

"O Conde d'Abranhos", de Eça de Queirós

"Ficções", de Jorge Luis Borges

"Changing Places", de David Lodge

"A Ronda da Noite", de Agustina Bessa-Luís

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Desafiámos a vice-presidente do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), Maria do Carmo Mendes, a sugerir-nos algumas obras que não podemos perder




"Este desafio revelou-se bastante complexo, no esforço de selecionar textos e concluir que o elenco é manifestamente marcado pela incompletude", explica a professora do Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos do ILCH. "No entanto, é certamente um conjunto de textos muito estimulante para um leitor", realça. Assim sendo, boas leituras!

1. Ilíada, de Homero
Um poema épico que retrata uma das bases da nossa civilização: a cultura helénica e a exaltação de alguns dos seus valores intemporais: o heroísmo, o sacrifício e a aretê.

2. Édipo Rei, de Sófocles
Uma tragédia sobre a condição humana, o Destino e a relação entre liberdade e conhecimento.

3. 95 Teses, de Martinho Lutero
As teses que embraiaram a Reforma protestante: uma leitura incontornável no ano comemorativo do quinto centenário de publicação da obra.

4. A Trágica História do Doutor Fausto, de Christopher Marlowe
Um dos maiores símbolos da cultura moderna. O pacto diabólico que conduz ao conhecimento, mas faz perder a alma.

5. O Príncipe, de Maquiavel
Uma obra que ensina como alcançar o poder e mantê-lo, e onde pela primeira vez política e moral seguem caminhos separados. Fundamentos da moderna ciência política

6. Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust
Uma reflexão sobre os mais profundos sentimentos que definem o humano, em especial como as memórias são o húmus e o esteio da nossa identidade

7. O Conde d'Abranhos, de Eça de Queirós
Um retrato imortal da inalterabilidade do homem político, no mais fino humor que a literatura nos pode oferecer

8. Ficções, de Jorge Luis Borges
Verdadeiro alimento para a reflexão. Conjunto de experiências de pensamento que, com uma extraordinária economia de expressão, ensaia exuberantemente o realismo mágico.

9. Changing Places, de David Lodge
A campus novel no seu melhor. O primeiro da trilogia de “romances académicos” do escritor (completada como "Small World" e "Nice Things"). Um retrato acutilante da vida universitária atual, deste e do outro lado do Atlântico.

10. A Ronda da Noite, de Agustina Bessa-Luís
Imagem total da unidade da obra da mais complexa e densa escritora portuguesa contemporânea e, também, uma reflexão sobre o que de mais essencial define o humano: os valores, o tempo, a memória, a família, as paixões, a vida e a morte.