O terrorismo nas preocupações contemporâneas
A criação desta linha de investigação foi pensada no contexto das preocupações com os fenómenos da criminalidade e terrorismo, mas também tendo em consideração outras questões que se colocam na designada sociedade da vigilância. Vivemos num contexto social que se socorre cada vez mais de dispositivos tecnológicos para lidar com potenciais ameaças à segurança pública. Na Europa, algumas das grandes ameaças do ponto de vista do discurso político e policial são as redes criminais que operam do Leste para a Europa Central e do Norte, refletindo preocupações políticas com os fluxos migratórios. Recentemente, a estes processos de criminalização de grupos migrantes juntaram-se as populações de refugiados.
Contudo, em termos de tecnologias genéticas não está tanto em causa o terrorismo - embora o sistema de Prüm tenha surgido na sequência do “11 de Setembro” -, mas mais o cenário da integração dos países de Leste na UE. Helena Machado considera que “no contexto do uso de perfis de DNA é mais forte a perceção de risco e a insegurança que surgem da mobilidade de redes de crime organizado do que da ameaça do terrorismo”, pois há a noção de que no combate ao terrorismo serão mais úteis, por exemplo, as impressões digitais, a vigilância de aeroportos ou mesmo a tecnologia do big data aplicada à investigação policial. No entanto “no big data há um avanço muito maior nos EUA, quando se compara com a UE, onde a aplicação desse tipo de tecnologia é mais reduzida”.
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