“Hoje há mais apoio aos alunos por parte dos professores”

19-10-2018 | Paula Mesquita

"Todas as pessoas me marcaram, porque acabei por aprender sempre alguma coisa com cada uma”, diz

Iniciou funções na Secção de Aprovisionamento e Património e, no mesmo ano letivo, ingressou em Engenharia Biológica, mas foi árduo conjugar as coisas e teve que suspender os estudos

Começou a trabalhar no campus de Gualtar em 1993 e, depois de passar por diversos serviços, trabalha atualmente no ICS

A estudante de Gestão é assistente técnica no Gabinete de Apoio às Unidades de Investigação do ICS-UMinho, em Braga

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Cecília Henriques Martins

Nasceu há 48 anos em Maisons Alfort, Paris. Começou a trabalhar na UMinho praticamente ao mesmo tempo que ingressou em Engenharia Biológica, por isso acabou por deixar os estudos “em águas de bacalhau”. É assistente técnica no Instituto de Ciências Sociais desde 2011 e, após 26 anos, voltou às aulas, optando pela licenciatura em Gestão.


Como foi o seu percurso até chegar à Universidade do Minho?  
Depois de ter feito o secundário na Escola Secundária Alberto Sampaio, candidatei-me ao ensino superior e entrei na licenciatura em Engenharia Biológica na Universidade do Minho. Estávamos no ano letivo 1992/1993. Quatro meses depois do meu ingresso, comecei também a trabalhar na UMinho. Esta oportunidade surgiu através de um familiar que já era funcionário nos serviços da Reitoria. Iniciei funções na Secção de Aprovisionamento e Património, que funcionava também no Largo do Paço. Devido à dificuldade que senti em conciliar os estudos com o trabalho, a distância entre o local de trabalho e o campus de Gualtar e, ainda, a própria situação contratual em que comecei a trabalhar, tive que suspender os estudos.
 
Como foi o seu percurso desde aí, até chegar ao Instituto de Ciências Sociais (ICS)?
Trabalhei na Seção de Aprovisionamento e Património até abril de 1998. As minhas funções baseavam-se essencialmente na recolha de informação para elaboração do inventário dos bens móveis e na organização e distribuição do economato. De maio de 1998 a dezembro de 2006, trabalhei na Direção Financeira e Patrimonial, no Núcleo de Contabilidade. Prestava apoio à receção dos documentos de despesas enviados pelas diversas unidades e serviços da Universidade, para o devido encaminhamento. Cabia-me também a organização do arquivo e o apoio ao registo dos documentos de despesa. Até de junho de 2011, passei a fazer a conferência e lançamento contabilístico dos documentos de despesas enviadas pelas unidades e serviços, o pedido e regularização de divisas (cambiais) e a e recolha de informação sobre as translações de bens entre os Estados-membros da União Europeia. Desde julho de 2011, estou no Instituto de Ciências Sociais.
 
Que funções desempenha?
Trabalho no Gabinete de Apoio às Unidades de Investigação e o serviço administrativo que presto é de apoio à gestão financeira dos projetos das várias unidades de investigação: o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS), o Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA) e o Centro de Estudo de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT).
 
Que pessoas a marcaram mais ao longo do seu percurso?
Por já ter trabalhado em vários serviços, muitas pessoas se cruzaram comigo. Umas marcaram-me mais pela positiva e outras marcaram-me mais pela negativa, mas a verdade é que todas me marcaram, porque acabei por aprender sempre alguma coisa com cada uma delas.
 
O que gostou mais de fazer?
Já passei por vários serviços da UMinho e gostei de todas as funções que exerci. Mas sinto-me mais à vontade quando trabalho em gestão financeira.
 
Foi essa a razão que a levou a voltar aos estudos e a escolher a licenciatura em Gestão?
Sim, essa foi, efetivamente, uma das razões que me levou a decidir pela licenciatura em Gestão. É mais adequada às minhas funções atuais. De acordo com o regulamento académico, não foi possível reingressar num curso diferente daquele em que estive matriculada em 1992 e, por isso, quando decidi voltar aos estudos, comecei por frequentar o curso de preparação para maiores de 23 anos, escolhi as duas unidades curriculares afins e isso proporcionou-me o acesso a este curso. Para além da motivação profissional, conto também com o apoio familiar, que é igualmente importante para prosseguir com esta nova etapa. Já em 2009/2010 tinha voltado a estudar. Reingressei, desta vez para o mestrado integrado em Engenharia Biológica, já com o Acordo de Bolonha, mas por razões pessoais tive que voltar a suspender ao fim de um ano de frequência.
 
Como está a ser a experiência de voltar às salas de aulas?
Para já, está a ser boa e sinto-me entusiasmada. É claro que, para tentar conciliar os horários, entro e saio das salas de aula quase sem contacto com a turma, mas como há outros colegas, também funcionários da UMinho, que entraram para o curso pela mesma via, vamos trocando algumas impressões. Obtive algumas equivalências, a partir de disciplinas que frequentei em Engenharia Biológica e, por isso, acabei por ficar com o horário um bocadinho mais reduzido, mas não entrei ainda no ritmo. Creio que o conseguirei pouco a pouco.
 
O que gosta mais na UMinho enquanto funcionária e enquanto estudante?
Enquanto estudante, considero que, hoje em dia, há mais apoio por parte dos professores aos alunos. Parece-me que há maior acompanhamento e proximidade entre ambos. Enquanto funcionária, acho excelente a oportunidade que a instituição proporciona, tanto a mim, como a todos os colegas que querem estudar para melhorar os conhecimentos, desenvolver as competências pessoais e fazê-las corresponder às necessidades do serviço e, se isso for possível, progredir na carreira.
 
Já participou em jantares ou festas de curso?
Ainda não tive oportunidade de participar.

 

  Anotações pessoais

  Na gaveta da minha secretária guardo um chocolate.
  Não saio de casa sem tomar um bom pequeno-almoço.
  Mal entro no carro, ligo o rádio para ouvir música, mas em casa prefiro filmes.
  Considero-me uma pessoa justamas penso que os outros me acham… sinceramente, não me interessa muito o que
  os outros pensam de mim!
  Num jantar, em família, não dispenso o convívio.
  Ao fim de semana, ligo a televisão para ver séries.
  Nada me fará esquecer o momento em que tive os meus fillhos.
  Gostava muito que amanhã me saísse o Euromilhões.
  Adoro comer a comida da minha mãe!
  A personalidade/pessoa que mais me marcou foi a minha avó, porque esteve muito presente na minha infância e
  adolescência.
  À sombra de uma árvore, leria um bom romance.
  Sonho diariamente com a felicidade da minha família.
  O meu dia não acaba sem ir ao ginásio.
  A UMinho é a minha segunda casa!