“UMinhoTech” vai transferir I&D da academia para o mercado

31-01-2019 | Nuno Passos

A iniciativa vai aproximar os meios académico e empresarial

O PIEP - Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (foto: Casimiro Fernandes)

O CCG - Centro de Computação Gráfica

O CVR - Centro para a Valorização de Resíduos

A TecMinho está, também, sediada no campus de Azurém, em Guimarães

Bruno Pereira da Silva, coordenador do "UMinhoTech" e diretor de projeto do PIEP

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Projeto de 900 mil euros visa reforçar a valorização económica do conhecimento científico e tecnológico, incluindo as interfaces PIEP, CCG, CVR e TecMinho.




A Universidade do Minho, através das suas interfaces tecnológicas, vai reforçar a transferência de conhecimento para o tecido empresarial e a valorização económica dos seus resultados de investigação. Esta é a meta do projeto “UMinhoTech – Technology for Future”, que decorre até ao próximo ano e tem 900 mil euros de investimento, sendo 85% de fundos do FEDER/Compete 2020. A iniciativa deve impactar os centros de investigação e, em especial, as unidades tecnológicas de interface da academia, nomeadamente o Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), o Centro de Computação Gráfica (CCG), o Centro para a Valorização de Resíduos (CVR) e a TecMinho, sediadas no campus de Azurém, em Guimarães.
 
Em concreto, pretende-se agregar o portefólio de serviços e de know-how científico-tecnológico daqueles centros de conhecimento, criar uma plataforma interativa de divulgação para aproximar o mercado e a comunidade envolvente, desenvolver um showroom em Azurém para funcionar como montra tecnológica do melhor que se faz na UMinho destinada a empresas e instituições visitantes, bem como implementar três projetos de demonstração sobre a investigação e inovação deste ecossistema. 

Prevê-se aliar outras ações de promoção sobre as competências e mais-valias agregadas, cativando assim os meios empresarial, social e institucional. Por exemplo, pondera-se participar em redes de cooperação e em feiras e conferências internacionais, para alavancar novos projetos de I&D+I e com parceiros reconhecidos no mundo global.
 

Abordagem pioneira
 
“Esta é uma abordagem única e integrada ao mercado, ao potenciar o reconhecimento e a valorização de produtos, processos e serviços e ao contribuir decisivamente para a geração de valor na economia nacional”, diz Bruno Pereira da Silva, diretor de projeto do PIEP, que é líder do consórcio, numa parceria com o CCG, o CVR e a TecMinho. Para o responsável, o “UMinhoTech” ajuda a contornar dificuldades sentidas por vezes na comunicação e na transferência de conhecimento entre o meio académico e o meio empresarial. Por outro lado, sublinha, a iniciativa vai aumentar a visibilidade desta academia a nível internacional, ao ter a sua investigação “alinhada com as mais recentes tendências tecnológicas”.
 
O consórcio tem seis objetivos operacionais: facilitar a comunicação com o tecido empresarial, oferecer uma resposta integrada da universidade ao mercado, angariar clientes (novas empresas e novos setores económicos), captar projetos nacionais e europeus, promover a visibilidade das unidades de I&D da UMinho e, ainda, afirmar a internacionalização desta academia e das suas interfaces tecnológicas.