Duas mãos cheias de cientistas da UMinho no livro "Mulheres na Ciência"

29-03-2019 | Nuno Passos

Alexandra Marques (foto de António Pedro Ferreira)

Ana Paula Marques (foto de Augusto Brázio)

Anabela Carvalho (foto de Augusto Brázio)

Cláudia Pascoal (foto de José Carlos Nascimento)

Graça Simões de Carvalho (foto de Gonçalo F. Santos)

Helena Machado (foto de Augusto Brázio)

Manuela E. Gomes (foto de Rodrigo Cabrita)

Margarida Fernandes (foto de Augusto Brázio)

Maria Isabel Veiga (foto de Rodrigo Cabrita)

Maria Manuel Oliveira (foto de António Pedro Ferreira)

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A Ciência Viva evoca Alexandra Marques, Ana Paula Marques, Anabela Carvalho, Cláudia Pascoal, Graça Carvalho, Helena Machado, Manuela Gomes, Isabel Veiga, Margarida Fernandes e Maria Manuel Oliveira.




A agência nacional Ciência Viva lançou este mês a segunda edição do livro “Mulheres na Ciência”, com 109 rostos da investigação no feminino em percursos, ramos e geografias díspares. Dez dos rostos são da UMinho, provenientes de sete das suas Escolas/Institutos. Na seleção há ainda antigas alunas e ex-investigadoras desta academia, como Alexandra Silva, Isabel Ferreira, Isabel Rocha, Maria Inês Almeida e Rita Duarte. A publicação é uma forma de homenagem às cientistas, que representam 45% do total de investigadores em Portugal e cujo trabalho tem sido fulcral no progresso da ciência e tecnologia das últimas décadas. Estes são alguns casos de sucesso de quem vive a emoção da aventura do conhecimento e da descoberta, contribuindo para o enraizamento da ciência na sociedade e para inspirar jovens a seguir a sua vocação.
 
 
Alexandra Marques | bioquímica em engenharia de tecidos | I3Bs
“Fazer ciência é acreditar que o fracasso é o preâmbulo do sucesso e que quando os sucessos chegam não são nossos mas sim do mundo e das gerações futuras. Fazer ciência é sonhar e gerar novas oportunidades de sonho não só para nós cientistas mas para a sociedade, portanto é um privilégio!”
 
Ana Paula Marques | socióloga | Instituto de Ciências Sociais
"O meu campo de investigação é a sociologia do trabalho. É nele que tenho desenvolvido sinergias de largo espectro a nível nacional e internacional, para aprofundar o conhecimento substantivo sobre o mundo do trabalho. Neste percurso, a interligação com o mundo empresarial e associativo tem capitalizado a transferência de conhecimento para o ensino e a investigação. Renovar as interrogações para se pensar o mundo faz de nós cidadãos e cidadãs capazes de instaurar vínculos numa vida em comum mais solidária e justa e, simultaneamente, assente no bem-estar social!"
 
Anabela Carvalho | cientista social | Instituto de Ciências Sociais
"Sempre me interessei pelos grandes problemas mundiais. As alterações climáticas e outras questões socio-ambientais graves fazem do presente um momento verdadeiramente crítico na história da Humanidade. Transformar processos, práticas e estruturas sociais e políticas é imperativo para melhorar as relações entre os seres humanos e os sistemas biofísicos que os sustentam. As ciências sociais podem oferecer contributos cruciais para esse enorme desafio.”
 
Cláudia Pascoal | bióloga | Escola de Ciências
"Fascina-me a biodiversidade e procuro as razões por que tantas e tão diversas espécies habitam a Terra. Estarão as espécies ameaçadas pelas alterações globais? Estaremos nós a comprometer o funcionamento  dos ecossistemas e o bem-estar humano?"
 
Graça Simões de Carvalho | educadora para a saúde | Instituto de Educação
"A investigação laboratorial é excitante e a procura do desconhecido e da inovação é plena de emoção. A investigação em educação e promoção da saúde implica a capacitação de professores e profissionais de saúde e tem um impacte imediato nos sistemas da educação, da saúde e social. Sinto que contribuo para o aumento da literacia em saúde e, por consequência, para melhorar a qualidade de vida das pessoas, para uma sociedade mais culta, mais livre e equitativa."
 
Helena Machado | socióloga | Instituto de Ciências Sociais
"Optei por estudar um tema pouco convencional para a Sociologia: as tecnologias de ADN na investigação criminal. A investigação desenvolve-se a escala internacional e tem repercussões globais. O objetivo é questionar as implicações sociais e éticas que decorrem da utilização da genética forense em práticas de cooperação policial e judiciária na UE.”
 
Manuela E. Gomes | engenheira de tecidos humanos | I3Bs
"Procuro desenvolver substitutos para tecidos humanos como ossos, cartilagens e tendões, baseados em combinações de biomateriais com células estaminais. A grande motivação é ter a certeza que contribuímos para o desenvolvimento de melhores terapias e para a melhoria de qualidade de vida de muitos pacientes. Adoro trabalhar com pessoas que têm diferentes perspetivas para alcançar um objetivo e adoro o desafio constante de superar obstáculos em equipa.”
 
Margarida Fernandes | química | Escola de Engenharia e Escola de Ciências
"Fascina-me a ciência, o desconhecido e a possibilidade de contribuir na resolução de problemas reais da sociedade. Após abraçar a paixão pela Química, fiquei deslumbrada pelo mundo da biologia, pela forma organizada como as células se reúnem para formar tecidos ou como as bactérias agem para se defender. Conjugar química com biologia e engenharia de materiais permite desenvolver novas abordagens terapêuticas, espero que venham a fazer a diferença.”
 
Maria Isabel Veiga | engenheira biotecnológica | Escola de Medicina
"Sempre me intrigaram as diferentes respostas dos pacientes aos medicamentos. Um fator que influencia a resposta é a capacidade dos microrganismos em adquirir resistência ao tratamento. Isto é frequente em doenças infeciosas, como a malária. Descobrir as bases genéticas que levam à falha do tratamento tem sido, nos últimos 15 anos, um trabalho desafiante e de superação. É este tipo de descobertas que me realiza e motiva na incessante busca do conhecimento."
 
Maria Manuel Oliveira | arquiteta | Escola de Arquitetura
"Elaborar um conceito e uma forma coerente que respondam a solicitações frequentemente paradoxais em contexto complexo. Especular sobre o futuro. Deslizar entre objetividade e intuição articulando arte, ciência e técnica. Representar e construir uma solução validada ao longo dessa trajetória… É todo este percurso, ou 'método', que confirma o projeto de arquitetura como um (peculiar) processo de investigação."