Apoiar e conversar com idosos
No caso dos idosos isolados, a situação “é bastante delicada”. “Temos que trabalhar em comunidade e auxiliar a pessoa sozinha, como manter a sua comunicação regular com a família, ainda que seja por redes sociais, telemóvel ou videochamada, ou então com o vizinho que converse da janela ou do muro e lhe faça as compras de forma voluntária para que não saia de casa nem se exponha ao vírus”, sugere. Laura Brito lembra que, neste grupo etário, a literacia em saúde é em geral baixa e que os próprios idosos podem não aceitar a mensagem ou abordagem dos filhos, mas é essencial que conheçam as recomendações da Direção-Geral de Saúde e da Organização Mundial de Saúde. “Para quem tem demência, é importante referir ações e não factos, como exemplificar ou mostrar imagens sobre a lavagem correta das mãos, para se memorizar”, contextualiza. Em simultâneo, deve-se manter o cérebro e o corpo ativo, a alimentação equilibrada, as rotinas, vigiar a saúde e evitar acidentes. Nos lares, “procura-se desenvolver também competências cognitivas e sociais e o contacto à distância com entes próximos”.
Laura Brito fez toda a sua formação superior na UMinho: é licenciada em Psicologia, mestre em Psicologia da Saúde e atualmente doutoranda em Psicologia Aplicada, com uma tese sobre cuidadores informais de pessoas com demência, que se integra no "Projeto IADem de Investigação-Ação nas Demências" e é uma parceria entre o CIPsi, a Santa Casa de Misericórdia de Ponte da Barca e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo.
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