Responder aos desafios da inovação e do desenvolvimento sustentável
Que equipas e unidades de investigação alberga?
Atualmente, alberga 179 membros, 65 deles integrados. Está organizado em três grupos: o LandS - Paisagens e Sociedades, coordenado pela professora Marta Lobo; o DeTech - Projeto, Design e Tecnologia, coordenado pelo professor Bruno Figueiredo; e o SpaceR - Espaço e Representação, coordenado pelo professor João Cabeleira. Incorpora investigação fundamental e aplicada, sendo uma das suas mais-valias, e organiza-se segundo cinco eixos temáticos estratégicos que cruzam os três grupos de investigação: ambientes e usos de solo; formas urbanas e sociedades; cultura e prática da edificação; artefactos, produtos e usos; e património e desenvolvimento. Possui uma estrutura de gestão democrática, sendo que, além da direção – que partilho com o professor Jorge Correia –, possui uma comissão diretiva e um conselho científico, onde estão presentes as várias áreas científicas. O centro alberga igualmente um grupo significativo de jovens investigadores com elevada motivação para abordarem o território numa perspetiva holística, cruzando conceitos, estratégias e metodologias que se têm afigurado como inovadoras. Este conjunto alargado de investigadores tem confirmado uma elevada capacidade para responder aos desafios da inovação e do desenvolvimento sustentável das regiões e das comunidades.
Que balanço faz do percurso deste centro até ao momento?
A nossa missão tem sido a da abordagem do território ensaiando de forma consistente novas metodologias e posicionando-nos como unidade de investigação de referência nacional e internacional no estudo da paisagem, do território e do património. O balanço é francamente positivo e de melhoria crescente em vários domínios, ainda que se trate de uma unidade de I&D jovem, visto ter iniciado formalmente investigação apenas em 2015, com a eleição do diretor e a constituição de órgãos. Apesar disso, crescemos muito rapidamente, o que foi reconhecido no ano passado, quando passámos de uma classificação de Muito Bom para Excelente [no financiamento plurianual atribuído pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia]. Há vários aspetos positivos que têm sido acautelados nestes últimos cinco anos.
Quais são?
Em primeiro lugar, a vontade de aprender a trabalhar em equipa por parte dos seus membros e aproveitar as várias áreas científicas dentro do Lab2PT para alcançar ouputs comuns. Esta dimensão está em franco progresso e considero que o que alcançámos até ao momento é meritório, principalmente porque parte dos membros não se conhecia antes de 2015. Em segundo lugar, ao nível da produção científica, que se tem revelado muito diversificada e vai muito além da afirmação da nossa produção nas bases Web of Science e Scopus. Temos estado a desenvolver uma abordagem inclusiva, que dá atenção a outros indicadores além das publicações indexadas em relevantes bases de dados, que podem ser uma excelente ferramenta para a abertura do Lab2PT às comunidades e à ajuda na resolução dos seus problemas mais prementes. Em terceiro lugar, o Lab2PT tem um amplo leque de investigadores, mesmo em termos geracionais e de maturidade científica, com perfis muito diversos, que constituem uma mais-valia no desenvolvimento de projetos e na tentativa de resolução dos problemas societais. Por último, no Lab2PT tem sido notória a sua articulação com várias redes internacionais, cobrindo áreas distintas, com 30 países de vários continentes. Tem ainda mantido parcerias com 85 municípios do país. Por outro lado, no ano de 2019 os seus membros receberam sete prémios ou nomeações e registaram-se três patentes, o que é notório.
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