Ferramentas da Blackboard são, agora, o dia a dia dos docentes

29-05-2020 | Paula Mesquita | Fotos: Nuno Gonçalves

Iniciou o percurso profissional na UMinho no ano de 2000, no então Instituto de Estudos da Criança (IEC), no centro de Braga

Técnico superior no Gabinete de Apoio ao Ensino desde 2011, apoia nos Laboratórios Informáticos e na plataforma Blackboard

Devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, tem colaborado nas sessões de esclarecimento e utilização da Blackboard, para que não se interrompam as aulas, o estudo e as avaliações dos estudantes

Trabalhar em equipa é o mais importante do seu dia a dia, “permitindo a discussão de soluções para problemas que surgem”

Gosta muito de tecnologia e isso reflete-se também nos seus estudos: em 2010 terminou o curso de Tecnologias e Sistemas de Informação e em 2015 o mestrado em Ciências da Educação – área de especialização em Tecnologia Educativa

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Ernesto Lopes

Nasceu e vive há 40 anos em Braga. Está na UMinho há 20 anos, metade dos quais também a estudar. O gosto por tecnologias espelha-se nos percursos académico e profissional que escolheu. Trabalha, desde 2011, no Gabinete de Apoio ao Ensino, onde, diz-nos, “todos os dias são diferentes e desafiantes”.



Como começou a trabalhar na Universidade do Minho?
Comecei o percurso na UMinho no ano de 2000, logo após concluir o curso profissional de Eletrónica/Comando. Vim trabalhar para o então Instituto de Estudos da Criança (IEC). Estava uma colega em licença de maternidade e, por isso, foi necessário substituí-la. Como tinha enveredado por um curso profissional, a minha prioridade, assim que o terminasse, era a entrada no mercado de trabalho, embora já tivesse decidido que tentaria também ingressar num curso superior.
 
O que veio a acontecer posteriormente.
Sim, consegui entrar na antiga licenciatura em Engenharia e Sistemas de Informação (LESI) na UMinho depois de um ano a trabalhar no IEC. Foi assim que regressei aos estudos.
 
Como foi a experiência?
Foram anos academicamente difíceis, pois era complicado conciliar o trabalho com os estudos, principalmente porque estava a frequentar o regime normal. Só em 2007, com a abertura de cursos em regime pós-laboral, é que consegui mudança de curso para Tecnologias e Sistemas de Informação, no campus de Azurém [Guimarães], e aí tornou-se um bocadinho mais fácil, uma vez que os horários já não se sobrepunham. Mantiveram-se todas as dificuldades associadas à conjugação do trabalho e do estudo, mas em nenhum momento me arrependo da escolha que fiz e acabei por terminar o curso no ano de 2010.
 
O que significou para si terminar a licenciatura?
Significou o alcance de um objetivo que tinha sido delineado vários anos antes. Apesar das dificuldades.
 
Como foi o seu percurso profissional desde a sua chegada à UMinho?
No Instituto de Estudos da Criança, desempenhei funções no Gabinete de Informática, onde trabalhava com duas colegas, a Cristina Reis, com quem ainda trabalho, e com a Sandra Macedo, atual assessora da Vice-reitoria para o Ensino. As minhas funções prendiam-se com o apoio tecnológico aos docentes e estudantes do IEC. Em finais de 2009, com a alteração nos Institutos de Estudos da Criança e de Educação e Psicologia, passando a Instituto de Educação e Escola de Psicologia, fiquei alocado a esta segunda unidade orgânica, onde desenvolvi maioritariamente trabalho informático, desde o apoio aos docentes até à criação e desenvolvimento de plataformas web da Escola. Em 2011, passei para o Gabinete de Apoio ao Ensino (GAE), onde voltei a partilhar trabalho com a Cristina, como referi.


Apoiar na adaptação à nova realidade

Quais são as suas funções?
No GAE tenho funções variadas, que vão desde o apoio aos Laboratórios Informáticos até ao suporte aos docentes na utilização da plataforma Blackboard, da UMinho. Também presto apoio na criação de conteúdos multimédia, que se destinam aos cursos de ensino à distância.
 
Em 2013, decidiu voltar aos estudos.
Sim, ingressei no mestrado em Ciências da Educação – área de especialização em Tecnologia Educativa, porque tinha tudo a ver com as funções que assumi no GAE. Terminei o curso em 2015.
 
O que gosta mais no seu trabalho?
Posso dizer que todos os dias são diferentes e desafiantes! Mas o que mais destaco é o trabalho em equipa, que é para mim muito importante, na medida em que faz com que haja uma partilha e discussão de soluções para os problemas que vão surgindo.
 
Os tempos atuais, de isolamento social e de ensino à distância, representam um desses desafios?
Sem dúvida! Desde os primeiros momentos de encerramento dos campi que o GAE tem dado suporte a todos os docentes, na plataforma Blackboard, ajudando na adaptação à nova realidade. Ferramentas menos utilizadas são, agora, o dia a dia dos nossos docentes para que o estudo, o trabalho e a avaliação dos estudantes decorra dentro da normalidade. Todos os dias realizamos sessões de formação direcionadas aos docentes e também produzimos conteúdos multimédia, como suporte a esta formação.



  O que descobrimos sobre Ernesto
 
  Um livro. “O homem pintado”, de Peter Brett.
  Um filme. “O clube dos poetas mortos”, de Peter Weir.
  Uma figura. Albert Einstein.
  Um passatempo. Ir à praia.
  Uma viagem. Adorava fazer um interrail pela Europa.
  Um clube. Sporting Club de Braga. Sempre.
  Um prato. Cozinhar com a minha filha papas de sarrabulho.
  Um momento. Não consigo escolher um. A vida é feita de vários momentos.
  Um vício. Comer bolos. Muitos!
  Um defeito. Sou resmungão, confesso! Hiperativo e inquieto.
  Um lema. Chorar não resolve.
  A UMinho. É a minha casa.