A UMinho "está pronta" para um ensino de qualidade mais digital
Manuel João Costa, pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica,
também aborda o tema ao NÓS. Frisa que a UMinho está pronta para continuar a
proporcionar educação superior de qualidade aos estudantes, ao mesmo tempo que
elogia o esforço de várias estruturas para que esta transição entre o ensino presencial
e o ensino à distância fosse possível.
Que principais dificuldades encontram docentes e estudantes no ensino à distância?
Prendem-se com situações às quais o ensino à distância não se ajusta aos objetivos de aprendizagem. Por exemplo, as experiências de aprendizagem em instituições profissionais (estágios em empresas, instituições de saúde), atividades experimentais em laboratório, atividades que impliquem projetos materiais (como em unidades curriculares de Design ou Arquitetura) e ainda as atividades de desenvolvimento artístico ou recreativo caraterísticas de cursos como Música ou Teatro.
Que desafios terá para que este modelo seja o mais justo e inclusivo possível?
Relativamente à inclusão, o desafio inicial foi a disponibilidade de equipamentos e de condições de rede adequados, elementos que não estavam ao alcance de todos na nossa comunidade. A UMinho e a Associação Académica agiram com celeridade e supriram todas as situações de estudantes que chegaram ao seu conhecimento. Num segundo nível, há desafios relevantes associados ao grau de competências digitais de cada participante. Naturalmente, um menor à-vontade com tecnologias digitais poderá resultar em mais dificuldades para atingir os mesmos objetivos. A outro nível, existe o desafio de adequar os materiais à aprendizagem de estudantes com necessidades educativas especiais. A esse respeito, assumiu relevância a atividade de apoio aos estudantes do Gabinete para a Inclusão.
Está a UMinho pronta para esta nova realidade?
A UMinho é hoje reconhecida pela capacidade e qualidade da sua resposta à necessidade de fazer a transição de emergência de todo o ensino presencial para ensino remoto. Para isso, foi crucial a competência e a disponibilidade do seu corpo docente e das suas estruturas pedagógicas. Adicionalmente, demonstrou-se que a UMinho possuía ou conseguiu mobilizar em tempo útil os recursos tecnológicos, as equipas capazes para apoiar a adaptação à nova realidade digital (como o GAE e o Centro IDEA) e também a maturidade adequada em termos de competências digitais na sua comunidade. A aprendizagem que teve lugar desde março de 2020 acrescentou uma experiência valiosa a estes ingredientes, pelo que a UMinho está seguramente pronta para continuar a proporcionar uma educação superior de qualidade, em novos cenários em que a presença digital será mais evidente.
|