A “coincidência gira” não esquece cada um/a que fez história
“Quando soube que eu seria o nº 100.000 da UMinho, fiquei estupefacto, porque é um número muito redondo e com um grande simbolismo”, afirma Tomás Gonçalves, fafense de 19 anos, recém-chegado à licenciatura em Física com a média de 188 valores. Sente “um gostinho especial por esta coincidência gira”, que poderia ter sucedido a qualquer um dos cerca de 3000 novos estudantes de graduação da academia. “Mostra também que já houve 99.999 pessoas que fizeram história e fizeram a UMinho tal como ela é”, evoca. Em casa, o seu irmão Diogo brincou com o “feito”: “És o 1x10 levantado à quinta [potência]”.
Diogo também é das ciências exatas e passou pela Escola de Ciências da UMinho, concluindo a licenciatura em Química e o mestrado em Técnicas de Caraterização e Análise Química. Essa experiência ajudou Tomás a decidir-se pela ECUM, aonde tinha também vindo como aluno do secundário às Masterclasses de Física de Partículas’2019 e gostou do ambiente do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP). Em setembro, foi ainda ao CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear), na Suíça, conhecendo Ana Peixoto, a investigadora da UMinho e primeira portuguesa a obter uma bolsa “ATLAS PhD Grant”. “Estar no CERN foi incrível”, explica, de mãos e olhos bem abertos.
Quer fazer a licenciatura, o mestrado e o doutoramento em Física e seguir investigação na área. Curiosamente, em 2020 tinha entrado em Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico. “Apesar de eu saber que queria mais a UMinho, acabei por escolher Lisboa, mas percebi que não ia ser feliz e, agora sim, sinto-me em casa”, assume. Afinal, o que há aqui de especial? “É uma família, acima de tudo, sinto que há muita união. Braga é uma espécie de aldeia pequena no melhor sentido da palavra, parece que toda a gente se conhece, é muito fácil fazer amigos e conhecer pessoas”, concretiza. “Na Escola de Ciências, e creio que em todas as Escolas desta universidade, há também proximidade entre professores e alunos, que estão dispostos a ajudar, é a comunidade que aqui se forma”, conclui.
|