O primeiro passo
Em 2016, o projeto de arquitetura do novo Centro Audiovisual e Multimédia ficou finalmente pronto. Desde aí, o desafio foi encontrar formas de financiamento para a construção desta importante infraestrutura. Madalena Oliveira recorda melhor a fase em que se envolveu mais diretamente, “fruto das responsabilidades entretanto assumidas na vice-presidência do ICS”. Entre 2019 e 2020, em resultado de reuniões com o pró-reitor para as Infraestruturas, o processo foi retomado. Depois disso, após uma reunião entre o reitor Rui Vieira de Castro e os professores Helena Machado, presidente do ICS, Helena Sousa, então diretora do DCC, e Moisés Martins, então diretor do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), “foram acertadas as condições para avançar com a obra”.
O concurso público e a respetiva adjudicação da empreitada de obra estrutural permitiram começar, em setembro de 2021, as obras de transformação do edifício, que compreendem intervenções de arquitetura, de acústica, de instalação elétrica e de sistemas de comunicação. Só depois o espaço poderá ser equipado com tecnologia para a produção e realização audiovisual e multimédia.
Os cerca de 500 metros quadrados de área deverão ter um grande estúdio de produção audiovisual, com zona de produção com chroma key e outra zona com adaptação para cenários, bem como dois estúdios de rádio e salas de locução, duas zonas de pós-produção (para áudio e vídeo), uma redação, uma sala de maquilhagem, uma régie, uma sala multifunções e duas salas de trabalho/formação, para além de uma zona de receção, áreas de apoio, arrumos e bastidores.
Para o pró-reitor para as Infraestruturas e Transformação Digital, José Fernandes, esta valência constitui-se como um Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia (CVTT), apresentando-se como um laboratório de empreendedorismo, tanto do ponto de vista do ensino como da exploração de tecnologias emergentes e de novos territórios de produção de conteúdos interativos. Com esta perspetiva, a sua atuação projeta-se “nas dimensões do Ensino/Formação, Empreendedorismo e Desenvolvimento Regional e, na Investigação e Inovação”.
O orçamento global da intervenção é de 1.3 milhões de euros, sendo 1.1 milhões (85% do total) comparticipados pelo FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e os restantes 15% com receitas próprias da Universidade. A candidatura foi submetida pela UMinho em dezembro de 2021 e aprovada no passado dia 21 de abril. O pró-reitor diz que a execução financeira da obra está prevista até 30 de junho de 2023. A obra de adaptação do espaço fica concluída em junho próximo, iniciando-se em breve a fase de aquisição do equipamento necessário ao funcionamento do Centro.
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