“Faro de golo”, posição em campo e idade da jogadora motivam interesse
Paulo Reis Mourão realçou que “o faro pelo golo”, ou seja, jogadoras com maior registo de golos por jogo, motivam uma maior probabilidade de transferência. No seu artigo, o investigador do NIPE deu nota que “as duas últimas temporadas viram as transferências internacionais mais impressionantes, envolvendo clubes portugueses com equipas de futebol feminino” e concluiu que os três clubes portugueses que mais exportaram talento foram o SL Benfica, o SC Braga e o Clube Futebol Benfica”.
Outro dos aspetos salientado nas transferências de jogadoras de Portugal para o estrangeiro foi a posição que estas ocupam em campo. “Na maioria dos casos, ocupam a posição do meio-campo ou de ataque, sendo que em média uma jogadora transferida tende a jogar 13.6 jogos na temporada inicial e a marcar 8.4 golos”. Segundo Paulo Reis Mourão, seis dessas atletas cumpriram pelo menos uma internacionalização, ainda que nenhuma tenha conquistado títulos pela seleção nacional.
Outro dos elementos valorizados na transferência de jogadoras portuguesas para clubes fora do país é a sua idade. Segundo a investigação de Paulo Reis Mourão, "encontra-se uma relação de 'U invertido' entre a idade da jogadora e as suas hipóteses de se mudar para um clube estrangeiro". Na verdade, disse, “o ponto de inflexão acontece aos 27.1 anos, isto é, após esta idade as chances de jogar no estrangeiro para uma jogadora da Liga Portuguesa feminina diminuem”.
No que diz respeito à chegada de atletas, o estudo evidencia que as mesmas são originárias de planteis de clubes que militam nas primeiras, segundas e terceiras divisões dos seus respetivos países. Já no que respeita às saídas, os clubes de destino estão espalhados por oito países. Três jogadoras foram para clubes de Itália e uma para cada uma destas ligas: inglesa, espanhola, húngara, brasileira, russa, holandesa e finlandesa.
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