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133
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50 anos, a Comunicar o que somos…
14-02-2024 | Teresa Ruão
Teresa Ruão
A 17 de fevereiro de 1974, a Universidade do Minho nascia em ambiente festivo.
A 17 de fevereiro de 1974, a Universidade do Minho nascia em ambiente festivo. Tudo começou com uma cerimónia na Sé Catedral, presidida pelo Arcebispo Primaz, que abriu a celebração com uma frase que se tornaria célebre: “O Minho está em festa, vamos cantar Te Deum…”. Depois desse momento, a comitiva seguiu para o Largo do Paço, onde tomou posse a Comissão Instaladora encabeçada pelo primeiro reitor, Carlos Lloyd Braga. Começava assim a aventura da criação de uma Universidade Nova, marcada, até hoje, pela forma como comunicou com a sua comunidade interna e externa. E a cerimónia desse dia criou uma tradição comunicativa que se repete até hoje, em cada aniversário.
Desse período inicial, não há registos de uma preocupação particular com a comunicação da instituição. Como, de resto, acontecia com as outras universidades no país ou no estrangeiro. Pelo menos nos moldes como o estabelecemos hoje. Acreditava-se, à época, que a qualidade do ensino e da investigação seria geradora de um passa-palavra espontâneo e que isso seria suficiente para construir uma reputação sólida para a nossa Universidade.
Contudo, concluir, deste posicionamento oficial, que o grupo fundador deixou que a identidade e a reputação da instituição se construíssem ao acaso seria um erro. Cedo se deram provas do tipo de universidade que se queria comunicar, nomeadamente através dos discursos dos primeiros reitores, do brasão de armas adotado e demais símbolos, dos temas sublinhados nos relatórios de atividade ou dos assuntos elencados no boletim informativo. E todos conhecemos a afirmação de que a UMinho sempre se quis uma universidade completa, atribuída a Lloyd Braga, ou uma universidade sem muros e sem muralhas, constante nos documentos fundadores. Todas estas manifestações políticas, aparentemente desligadas de qualquer campanha de comunicação, constituíram já expressões de uma identidade em construção e de uma estratégia de comunicação em movimento.
À parte disto, temos os registos da comunicação informal que, como sempre, é fortíssima na construção da identidade. Por esses canais se descreve o “mal mobilado gabinete do reitor Lloyd Braga”, mas também o seu “sorriso aberto” e o trabalho “em mangas de camisa” (nas palavras de Lúcio Craveiro da Silva); os “suspensórios feiíssimos” e os “oculinhos pequeninos” de Barbosa Romero (segundo as expressões bem humoradas de João de Deus Pinheiro), mas também a sua voz serena, reflexiva e interrogante (referida em várias fontes); ou o ambiente alegre que se vivia, com pessoas que pareciam ter todas “uma cara de contentes” (na expressão de Joaquim Pinto Machado) e que trabalhavam em salas pequenas, com “quatro ou cinco professores em cada sala”, onde se convivia muito bem (sublinhava, anos mais tarde, Lúcio Craveiro da Silva).
A instituição nasceu, assim, num ambiente em que a comunicação política externa e a comunicação informal interna eram eixos fundamentais de uma existência atravessada pela revolução de Abril e pela instabilidade governativa seguinte. A comunicação política defendia uma certa ideia de universidade – moderna, inovadora, aberta, participante e ligada ao território – e a comunicação informal era o modelo de interação possível numa instituição em formação, mas resultando também na afirmação de certos de traços de carácter – como a valorização da participação, do diálogo ou da intervenção democrática enquanto estímulos de uma “colaboração entusiasta” (expressão atribuída a Barbosa Romero) na construção de um projeto comum.
50 anos depois, quando somos já perto de 23.000 pessoas, os desafios da comunicação da Universidade são enormes. Mas, em cada encruzilhada, recomenda-se um regresso às origens que nos faz redescobrir o que somos e por que somos únicos. E isso será sempre fonte de inspiração para todos quantos pensam e fazem a comunicação na Universidade do Minho! A todos, os meus parabéns!
Pró-Reitora para a Comunicação Institucional da Universidade do Minho
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Nasceu em Esposende há 46 anos. Fez Relações Internacionais na UMinho e concorreu a um estágio no Gabinete de Relações Internacionais, onde acabou por ficar. Foi das nossas primeiras técnicas em mobilidade Erasmus+, em 2008, na Universidade do Chipre. Desde 2017, trabalha na Unidade de Serviços Financeiro e Patrimonial.
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