A eletrónica acelera e autonomiza a medição
“Fez-se assim durante muitos anos, até surgirem os aparelhos eletrónicos, que dão logo o valor mínimo e máximo no visor”, frisa. O cidadão pode hoje fazer a sua avaliação e a lógica é igual: a braçadeira comprime a artéria, depois liberta-se o ar e o aparelho deteta o primeiro batimento. “É curioso”, sorri Esperança Gago, “não cheguei a usar este valioso esfigmomanómetro quando fui aluna há 44, 45 anos nesta Escola”. Em vez disso, tinha um que cabia na bolsinha: enfermeira que se preze tem sempre um medidor à mão. Também usava outro que, ao insuflar o ar, fazia subir uma coluna de mercúrio para certo valor, num princípio similar ao da agulha de von Recklinghausen.
A Escola Superior de Enfermagem (que seria integrada na UMinho em 2004) ficava então junto do antigo Hospital de São Marcos e chamava-se Calouste Gulbenkian, nome do mecenas que financiou a sua construção. Ao lado havia um lar (hoje, de idosos) para o internato de quem fazia o curso de Enfermagem. Era uma profissão predominantemente feminina e elas não podiam ir para casa nem andar pelas ruas. Os tempos felizmente mudaram e há, também, cada vez mais jovens enfermeiros.
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