"Recebo e aprendo muito com todos e isso satisfaz-me!"

29-09-2023 | Paula Mesquita | Fotos: Nuno Gonçalves

É funcionário da Unidade de Serviços de Apoio às Atividades de Educação (USAAE), no campus de Couros, em Guimarães

Veio para a UMinho em 1992, dando apoio técnico a um laboratório do Departamento de Engenharia Têxtil, no Palácio Vila Flor

Trabalhou também na secretaria da Escola de Engenharia e nos Serviços Técnicos, que antecederam a mudança para a USAAE

Interage muito com estudantes e professores: "Marca-me a diversidade de alunos que conheci e com quem fiz amizade”

O renovado Teatro Jordão está integrado na área de Guimarães que é Património Mundial da Humanidade

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José Manuel Silva

Conhecido como Zé Manuel, o vimaranense de 58 anos começou a trabalhar no Departamento de Engenharia Têxtil em 1992, então no Palácio Vila Flor. Atualmente presta apoio técnico aos cursos de Teatro e Artes Visuais, no Teatro Jordão.


Quando começou a trabalhar na Universidade do Minho?
Vim trabalhar para cá em maio de 1992, por intermédio da D. Julieta [entrevistada em abril de 2023]. Disse-me que a Universidade estava a precisar de uma pessoa para apoio ao laboratório de Engenharia Têxtil, que na altura funcionava no Palácio Vila Flor, em Guimarães.
 
Que funções lhe foram atribuídas?
As minhas funções baseavam-se essencialmente em receber os estudantes no laboratório e fazer a vigilância do espaço, enquanto o utilizavam para desenvolver as experiências e os testes. Com o passar do tempo e com a aprendizagem normal do trabalho, passei até a ajudá-los em algumas tarefas.
 
O que recorda desses primeiros tempos?
Fui muito bem recebido pelo sr. Freitas, responsável pelo laboratório, e pelo técnico Joaquim Jorge. São duas pessoas impecáveis, que me fizeram sentir bem acolhido. Recordo também o ambiente académico animado e familiar, o que para mim era uma novidade. Foi assim o recomeço de uma vida nova e diferente, que já conta com 31 anos! [sorriso]
 
Como foi o seu percurso profissional desde então?
Depois de aproximadamente um ano no Departamento de Engenharia Têxtil, passei então para a secretaria da Escola de Engenharia, no campus de Azurém. Ali, desempenhei durante 11 anos tarefas administrativas e de funcionamento interno. Os processos eram todos manuais e tudo convergia na secretaria da Escola, pelo que o meu trabalho era bastante burocrático. Nessa altura, fiquei também responsável pelo apoio ao auditório nobre do campus.


"Marcou-me muito a diversidade de alunos que conheci"

E depois daí?
Mais tarde, fui integrado nos Serviços Técnicos, nos quais assumi funções muito semelhantes às que desenvolvia na secretaria da Escola de Engenharia, mas já envolvendo uma componente relacionada com as obras de intervenção às estruturas do campus de Azurém. Finalmente, e 13 anos depois, passei para a USAAE - Unidade de Serviços de Apoio às Atividades de Educação, onde ainda trabalho enquanto responsável do edifício do Teatro Jordão, em termos de manutenção e de apoio aos alunos e professores.
 
O que o marcou mais ao longo deste percurso?
Marcou-me muito a diversidade de alunos que conheci e com quem fiz amizade. Felizmente, no meu dia a dia, interajo com muitos estudantes e isso enriquece-me bastante. Também fiz amizade com muitos colegas de trabalho. Deixa-me satisfeito e faz com que o trabalho seja mais fácil e agradável de se fazer! [sorriso]
 
Que pessoas mais contribuíram para o seu percurso profissional?
Além de todos os colegas com quem tive o gosto de partilhar o trabalho e com quem aprendi muito, destaco especialmente a D. Julieta, na Escola de Engenharia e a D. Glória, nos Serviços Técnicos. Recebi de ambas muitos ensinamentos.
 
Gosta do que faz?
Considero-me uma pessoa disponível. Estou sempre pronto a ajudar e, por vezes, até a aconselhar. Por isso, trabalhar com estudantes e professores, prestar-lhes apoio e ajudá-los naquilo que eles precisam para que os estudos e o trabalho lhes corram bem dá-me muito gosto. Também recebo e aprendo muito com todos e isso traz-me muita satisfação.
  
 

  Notas pessoais

  Um livro. “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões.
  Um filme. “Se7en”, de David Fincher.
  Uma figura. Francisco Sá Carneiro.
  Um passatempo. Futebol.
  Um prato. Cozido à portuguesa.
  Uma viagem. Cancun, no México.
  Um momento. O nascimento dos meus filhos, Maria e José. Os meus dois amores.
  Um vício. Fumar.
  Um defeito. Confiar demasiado.
  Um sonho. Construir um lar para idosos. Por razões familiares e que me sensibilizam muito.
  Um lema. “Amanhã é outro dia”.
  A UMinho. Uma comunidade onde se aprende com os mais velhos e os mais novos, para o resto da vida.