A UMinho no mundo, o mundo na UMinho

30-06-2024 | Daniel Vieira da Silva

UMinho está conectada com instituições de todo o mundo

Estudantes da UMinho são dos que mais beneficiam dos programas de mobilidade

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Temos mais de 2200 acordos de cooperação académica, científica e de mobilidade ativos, 120 dos quais com universidades estrangeiras.




São 18.041 os quilómetros que distam a Universidade do Minho (UMinho) da Universidade de Wollongong (Austrália). É esta a instituição de ensino superior geograficamente mais longe da nossa e com a qual existe uma cooperação protocolada. Mas os exemplos chegam de vários países. Desde o Quirgistão até à Mongólia ou Laos, a UMinho tem uma rede que parece infindável.

Ao todo, esta academia tem atuamente mais de 2200 acordos de cooperação ativos, dos quais 120 com universidades estrangeiras. Nestes acordos podemos encontrar 59 países representados e que vão desde São Tomé e Príncipe até ao Vietname, passando pelo Japão, Argentina ou mesmo Índia. A lista é longa e em constante mudança, o que revela uma atividade muito intensa nas relações entre todos os parceiros, que se vão revelando, ano após ano, muito envolvidos num projeto global de interconexão. Esta extensa lista consubstancia a ideia de que a UMinho é uma Universidade do mundo e ligada com este e com as suas instituições de ensino superior.



140 novos protocolos em 2023

Seja na vertente de protocolos de cooperação científica, sejam protocolos institucionais ou ao abrigo de programas de mobilidade, a lista de ligações da UMinho no mundo não nos deixa indiferentes. Só no ano passado foram assinados 140 novos protocolos com outras instituições de ensino espalhadas pelo mundo. Uma referência especial para as instituições brasileiras, que garantem grande parte desta fatia com 85 protocolos firmados. Seguem-se outras instituições do continente americano (20 protocolos), da Europa e da Ásia (14 protocolos).

Olhando de uma forma mais atenta para o âmbito destes protocolos, podemos verificar que um número significativo deles está assente na cooperação e desenvolvimento de ciclo de estudos, no alargamento de programas de intercâmbios de docentes, investigadores e estudantes, na ampliação de cooperação académica, cultural e científica e no fomento da inovação nas duas instituições.
 





Mobilidades académicas potenciadas

No que às parcerias Erasmus+ diz respeito, volta-se a encontrar uma lista considerável de instituições conectadas com a UMinho. Estes programas da União Europeia debruçam-se nos domínios da educação, da formação, da juventude e do desporto que, por um lado, providencia oportunidades de estudo, formação e experiência de trabalho e voluntariado no estrangeiro, e, por outro lado, apoia a cooperação e o desenvolvimento de parcerias entre instituições de ensino superior (IES) europeias e de outras partes do mundo.

No quadro do programa de mobilidade UMoveME, um projeto International Credit Mobility institucional da UMinho, são 29 os países com quem estamos ligados, sendo que desses estão representadas 53 instituições de ensino superior. Nesta lista destacam-se universidades da Tailândia, na Ásia, e da Colômbia, México e Peru, na América do Sul, como sendo as que estão mais representadas.

Em relação ao programa JAMIES há 28 universidades parceiras que são originárias de sete países. Jordânia, Palestina e Tunísia são os países que mais universidades têm ligadas à UMinho. Este projeto é o resultado de uma parceria entre a UMinho (entidade coordenadora) e as universidades do Algarve, Nova de Lisboa, Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro, através do qual é possível realizar mobilidades de estudantes, pessoal docente e não docente de e para sete países parceiros – Argélia, Jordânia, Líbano, Marrocos, Palestina, Síria e Tunísia.

Já no que diz respeito ao programa PEERS, é possível encontrar 24 instituições de ensino superior com acordos com a UMinho. Estas chegam de seis países (Albânia, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Arménia, Geórgia e Ucrânia). Este programa resulta de uma parceria entre a UMinho (entidade coordenadora) com as universidades de Aveiro e Évora, e através do qual é possível realizar mobilidades de estudos por estudantes e missões de ensino e formação por pessoal docente e não docente.

Por fim, no que concerne ao programa MIND (Move for INclusion and Digitalization), há 23 instituições com protocolo firmado com a UMinho e estas são provenientes de 11 países do mundo. O projeto é coordenado pela Universidade do Porto, apoiado financeiramente pela Comissão Europeia e visa promover o enriquecimento mútuo e um melhor entendimento entre Portugal e os países parceiros, através do incentivo à formação de estudantes e mobilidade de investigadores, pessoal académico e administrativo, transferência de know-how e boas práticas.



Redes internacionais são alavanca da ligação ao mundo

Como reflexo da sua política de internacionalização, que reflete os seus principais eixos de ação - ensino, investigação e inovação e interação com a sociedade, a UMinho pertence a várias redes de cooperação. Por exemplo, a Associação das Universidades de Língua Portuguesa, o Grupo Compostela de Universidades, o Conselho de Reitores das Universidades do Sudoeste da Europa, a Associação Europeia de Universidades, o Grupo Tordesillas de Universidades e o Santander Group - European Universities Network, entre outras.

No entanto, não descurando o envolvimento permanente nestas redes, a UMinho tem estado particularmente ativa no contexto da Arqus, uma rede criada em 2019 com o objetivo de promover a colaboração e a inovação no ensino superior. Esta aliança europeia, da qual a UMinho faz parte desde 11 de janeiro de 2022, reúne as universidades de Granada, Graz, Leipzig, Lyon 1, Maynooth, Minho, Pádua, Vilnius e Wroclaw e vai estar agora reunida na UMinho para a sua conferência anual (ver destaque).

A Arqus aspira aproveitar a sólida experiência das universidades parceiras, a fim de alcançar um elevado nível de integração nas políticas e planos de ação de todos os seus membros e tem como objetivos principais reforçar a educação de cidadãos europeus e globais, promovendo o seu envolvimento crítico e capaz de contribuir para uma Europa multicultural, multilingue, inclusiva e aberta ao mundo, aumentar e melhorar a capacidade de investigação conjunta das universidades parceiras e responder melhor aos grandes desafios societais do século XXI na Europa e não só.

Estes resultados têm sido alcançados fruto do aumento da mobilidade de estudantes e pessoal entre as universidades parceiras, do desenvolvimento de novos programas e ciclos de estudos conjuntos que ofereçam oportunidades de aprendizagem internacional para estudantes, assim como da partilha de boas práticas de inovação em ensino e serviços, algo que tem sido feito de forma regular.