Como vivem em Portugal?
A investigadora adianta que a China está “a enfrentar a terceira emigração, na qual a classe média é a principal força”. Os dados do Relatório de Emigração Chineses Internacionais revelam que “os chineses tornaram-se nos maiores grupos de emigrantes estrangeiros do mundo”. No que diz respeito às circunstâncias atuais dos chineses em Portugal, de uma maneira geral, esta população vai crescendo, ao mesmo tempo que se verifica uma diversificação dos locais de origem e um aumento da competição entre chineses, sobretudo os que se dedicam ao comércio.
Com o crescimento desta comunidade em Portugal, as suas condições económicas e sociais melhoraram. Numa dimensão horizontal, as identidades dos chineses em Portugal registam uma diferenciação pluralista. Numa dimensão vertical, existem duas diferenciações pluralistas entre grupos de imigrantes de diferentes faixas etárias e a separação entre as gerações mais velhas de imigrantes e os seus filhos.
Para Zhang, que está agora a lecionar Português da Universidade Normal de Harbin, no nordeste da China, a segunda geração dos imigrantes chineses é um grupo particularmente importante em Portugal. A maioria daqueles afirmou ser chinês e ter identidade chinesa, possuindo um forte sentido de missão e responsabilidade em relação à família, mas registando no entanto um baixo nível de educação. A taxa de abandono escolar nesta geração é alta, o que lhe coloca limitações no desenvolvimento profissional e interpessoal, limitando a sua integração social à grande relação com os pais. Assim, a comunidade chinesa no sentido alargado tornou-se a principal plataforma de apoio para esta segunda geração de imigrantes e, só através desta, participa em atividades sociais e revela os seus valores.
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