Investigar mais sobre azulejo
Tal como nos brinquedos, o azulejo português carece de fontes históricas, pois a maioria das fábricas desapareceu e não houve a preocupação de se guardar arquivos e catálogos, para se saber quem, onde, quando e como se produziu determinada peça. Este setor da cerâmica tem gerado interesse internacional de estudiosos e curiosos, inclusive do Brasil, para onde se exportou o material desde o século XVII e que está presente em imensas fachadas, como em São Luís do Maranhão. “Portugal produziu uma variedade enorme de azulejos e teve umas 30 fábricas importantes, como em Gaia, Porto, Aveiro, Ovar e Lisboa. O problema é que não há registos do que se fez, salvo em casos como a Fábrica de Cerâmica das Devesas”, refere José Manuel Lopes Cordeiro. A procura pelo tema está também ligada aos roubos regulares de azulejos históricos e artísticos do exterior e interior de edifícios, como as igrejas. Neste âmbito, o Projeto SOS Azulejo é uma ajuda importante, a par da rede de contactos com antiquários, quando aparecem azulejos antigos.
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