Estórias que ficam para sempre
Que memórias guardam da vida académica?
Susana: Tínhamos uma sala alocada para a nossa turma, onde decorriam todas as aulas teóricas. Lembro-me de passar bastante tempo nesse local, mesmo fora do horário de aulas. Também passei bons momentos na esplanada do Complexo Pedagógico III. E recordo-me, claro, de alguns professores que me marcaram mais, especialmente devido à matéria lecionada. Eu e o Paulo chegamos a colaborar com o Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem (GCII), nomeadamente como monitores do “Verão no Campus”. Foram experiências enriquecedoras que aconselho vivamente!
Paulo: Os primeiros meses ficam sempre registados na memória pelo fator da novidade. Depois ficam os amigos, os colegas, os trabalhos de grupo e as várias interrupções para jogar matrecos, as noitadas a estudar para os testes, a biblioteca, algumas cadeiras, algumas aulas, alguns professores, as colaborações com o GCII e, claro, a experiência no seu todo.
Saíram da UMinho no início da década de 2010. Como tem sido a evolução profissional?
Susana: Tive a possibilidade de realizar um projeto em laboratório no último ano do curso de BA. Escolhi fazê-lo no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), da Escola de Medicina da UMinho, com a professora Fátima Baltazar, que desenvolve pesquisa no âmbito do metabolismo do cancro. Com esse projeto descobri uma nova paixão - a investigação - e que queria continuar a estudar nessa área. Depois de uma tese de mestrado financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, consegui uma bolsa de doutoramento Marie Curie Early Stage Researcher na Universidade de Manchester. Fiz as malas em setembro de 2014. O meu trabalho de doutoramento foi recentemente publicado na revista científica Cell Reports, do conceituado grupo Cell, o que é excelente! Estou agora a trabalhar no Institute of Cancer Research, em Londres, onde investigo o impacto do metabolismo na remodelação da cromatina e a sua contribuição na manutenção da estabilidade genómica.
Paulo: Nem acredito que já passaram nove anos... [risos]. Entrei na Deloitte Consulting dois meses após terminar o curso de Gestão e por lá fiquei três anos, assumindo funções de analista, consultor e, finalmente, consultor sénior. Foi, sem dúvida, a melhor empresa para ingressar no mercado de trabalho, não só pelas inúmeras possibilidades de desenvolvimento e crescimento, mas também pela exposição a que somos sujeitos. Ao mesmo tempo consegui concluir o meu mestrado em Marketing, na Universidade do Porto. Em 2013 fui convidado pela Carnes Landeiro para desenvolver a área de controlo de gestão. Embarquei na minha primeira experiência internacional dois anos depois, como analista de marketing na Timor Telecom. Há três anos fixei-me em Londres e comecei entretanto a trabalhar na Virgin Atlantic Airways, onde fui distinguido como um dos 10 colaboradores que mais contribuiu para o desenvolvimento da empresa no ano de 2018. Vou assumir a partir de junho a gestão da equipa de Commercial Insight na área de carga. Quero inovar na forma como se olha para o negócio de carga na empresa.
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