"Sérgio Machado dos Santos foi dos melhores reitores que Portugal teve"
Tem outra história para nos contar?
Sim. Passou-se mais tarde. Sérgio Machado dos Santos era o reitor da UMinho. Foi um dos melhores reitores que Portugal teve, era extraordinário. Não só nas ideias, nos discursos, nas conceções, mas no dia-a-dia, nas decisões, na maneira como se dava com as pessoas. Houve uma época em que ia todos os anos ao Dia da UMinho. Nunca mais o vi, tenho saudades dele. Mas o que mais apreciei foi a forma como lidava com o Senado; levava as coisas preparadas, porventura com conversas prévias com as pessoas mais difíceis ou com mais peso. O Senado tinha cerca de 40, 50 pessoas, desde professores catedráticos e doutorados, estudantes, funcionários... Era um órgão bastante forte e com pessoas com opiniões. Havia liberdade de expressão e encorajada pelo reitor! Fui nomeado vogal ao abrigo da quota, salvo erro, de cinco personalidades ligadas à Universidade ou à região. Voltei a ir ao Minho para as reuniões duas, três, quatro vezes por ano.
Também foi membro do conselho científico da EDUM.
Durante vários anos, com muito gosto e porventura com algumas faltas. Nunca dei aulas lá, não tinha tempo, mas participava nas reuniões e fiquei amigo de muitas pessoas da comissão, inclusive professores do Porto, Lisboa, Santiago de Compostela.
Continua a ter uma ligação com a UMinho?
Considero-me um dos founding fathers, por assim dizer [sorriso], e tenho muito carinho por esta universidade. Em 2008 recebi o prémio “Personalidade Jurídica do Ano”, pela Associação de Estudantes de Direito [AEDUM]. A sua presidente fez um discurso muito simpático e deram-me uma jarra de vidro bonita. [Em 2013 houve também uma homenagem da EDUM, em 2014 discursei no Dia da UMinho e em 2016 sobre os 40 anos da Constituição da República.] Portanto, a ligação continua, embora com o tempo se vá esbatendo…
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