Organizações apreensivas e profissionais do setor profissional receosos
Também as organizações e profissionais do setor cultural estão a ser “ouvidos” neste estudo. Através de um questionário, que teve cerca de 1500 acessos, foram validadas 144 respostas, que servem “para se tirar algumas ilações da situação atual e futura”. Esta amostra congrega 70% de respostas de profissionais ou agentes culturais e 30% de organizações do setor, sendo que as regiões mais representadas são as do Norte e da Área Metropolitana de Lisboa, com especial incidência em agentes e organizações das artes do espetáculo e criação nesse mesmo domínio.
No global, 76% indicam que os profissionais de cultura conseguem perspetivar o impacto negativo que esta pandemia irá desencadear na sua organização até ao final do ano, sendo que 25% destas organizações afirmam que os postos de trabalho existentes deverão ter uma redução a rondar os 50% até dezembro. Apesar de apenas 6% dos profissionais assumir que haverá cancelamentos definitivos de parte da atividade este ano, as organizações vão mais longe e assumem que os despedimentos serão uma realidade. “Quer isto dizer que pode não haver cancelamentos definitivos de atividades, mas vão acontecer mais despedimentos, o que tornará o setor ainda mais precário, com um pouco menos de atividade, mas com muitos menos postos de trabalho. Será dramático!”, exclamou o investigador do CECS.
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